23 de março de 2014

Dói... Dói ficar sem meu grilinho

Na verdade não sei como começar esta postagem,
porque um "yoo minna-san" dá a impressão de um tema animador
e um "yoo" vem acompanhado de "como vão?"
e um como vão termina com "eu estou bem. Hoje eu vim..."
Mas seria totalmente verdade?
Eu estou bem, mas só de começar a escrever sobre isso eu sinto um peso no peito. É estranho.
E me pergunto: será que deveria estar falando sobre isso aqui?
Retomar isso?
Deveria esperar mais um pouco...
Porém esses dias não tinha como ficar no blog ou pensar em outra coisas, entendem? Sinto que fosse egoismo meu fazer isso, não aparecer e dar explicações mais precisas.
Mas sinto que é egoismo justificar dizendo que foi por causa de algo ligado a ela.
E que deveria guarda isso pra mim mesma, e deixa o luto passar só e não dizer nada sobre isso aqui, ou em outras contas minhas que esperam vídeos, fanfics e etc.
Só no face porque... complicado explicar essa parte também.

Não conseguiria fazer esta postagem dias atrás e agora que estou escrevendo, não sei se consigo agora. E confesso que minha mão está tremendo um pouco enquanto eu escrevo. Mas é que dói, não é...?
Eu fiquei fora esses dias porque não estava bem.
Só não sai do face e vim aqui para explicar o porquê.
Está não será mais uma postagem falando de minha vida romântica, mas algo mais importante do que isso pra mim. Porque sempre dei grande valor a amizade, e sempre vou dar.
Amigos sempre estão lá quando se precisa deles. Meus amigos sempre estiveram ali pra mim e eu pra eles...
E agora eu perdi uma pessoa muito importante pra mim.

Uma das minhas melhores amigas: Aninha.


Vou voltar a falar sobre a escola. Não sei se essa postagem será longa, porque não sei se deveria estar a escrever sobre e não acho justo ao mesmo tempo não falar bastante sobre ela, sabe?
Bem, antes de mudar de horário e ter que recomeçar a fazer amizades do zero, eu tinha meu grupo de amigas desde a quinta série. Era eu, a Jó N. Eramos uma dupla, e no comecinho daquele ano já veio a outra Jó, a Jó F. E ficamos nós três sempre.
Eramos um trio e sempre estávamos unidas. Acho que foi na sexta ou sétima que viramos um quarteto.
Eu nem costumava a andar em grupos de meninas, mas naqueles anos foram os melhores e me habituei.
Aninha era a mais baixinha de nós quatro, a de cabelo mais comprido e a que ria mais. Era alegre vinte quatro horas por dia, parecia um grilinho de tanto que pulava atoa.
 Era divertido.
A Jó N. era engraçada também, só pelo jeito de falar já fazia a gente da risada. E a Jó F. era a que ria mais das atrapalhadas dos outros, a mais sarcástica, e a que sabia do meu antigo "amor platônico" e que até hoje é o motivo de suas risadas.
Eramos sempre nós quatro, e quando fazíamos trabalhos de escolas eu era a "líder" na horas.
Aninha sempre tinha vergonha na hora da apresentação, mas quando era teatro ela sempre se saia bem. Poderia ter sido uma comediante.

Passamos diversos momentos juntas, até brigamos as vezes, mas tudo ficava bem.

Depois que mudei de horário foi difícil nos falarmos. Ela estava de noite, e não frequentava direito a escola e tinha mudado muito. Saia mais, usava roupas mais coladas, mas continuava sendo um grilinho.
A unica BV do grupo acabou por se apaixonar e começou a namorar, pensando até em noivar.
Pensando... ela estava noiva

Estávamos lembrando dela dias atrás. De quando eu tinha "quem me paquerava" e minha amiga Jó F. ligou para ele fingindo que era eu, e ela ficou tão empolgada que queria ouvir também e falar, e eu pulei, literalmente em cima dela e rolamos no chão da cozinha da casa da Jó F., enquanto tentava não se desfazer em risada.


Já me sinto feliz em lembrar dos bons momentos com ela.
Como voltamos de uma volta de um passeio da escola, e ela se sentou no meu colo pra ficarmos na janela e ela poder mexer com o pessoal da rua e quando eles olhavam a gente se abaixava e ficava embaixo do banco 
Ou como ficamos tontas, eu Jó F. e ela, da volta de uma vez que fomos ao shopping e tomamos sunday e ficamos dizendo que estava batizado porque voltamos andando torto e gritando no meio da rua a noite.
Recebi a notícia no domingo passado por um telefonema a noite. Eu tinha acabado de chegar de uma festinha que fiz com as minhas amigas que conheci do segundo grau (roqueira e etc.), e estava me preparando meu material para ir no curso na segunda e as 11 das noite.
Ela tinha falecido.
Ela, a família do namorado e o namorado.
Em acidente de carro.
Eu fiquei sem acreditar, dormi sem acredita, fui ao curso sem acreditar e quando cheguei em casa para o próximo curso. E eu entrei no face para saber mais sobre o que tinha acontecido, porquê não sabia das coisas, ninguém sabia informa. E quando vi o vídeo falando da notícia, eu desabei.
Passamos a nos falar pelo face para saber onde seria o velório, saber notícias e faltei no outro curso para ficar com minhas amigas.
Rimos nos lembrando dos momentos divertidos juntos, e na terça sentimos aquela dor no peito novamente.

- É ela Jó? - Perguntou a Jó F. á Jó N. que estava saindo de lá. E ela confirmou. Eu fiquei chocada.
Acho que nos três sentimos a mesma sensação de falta de ar enquanto estávamos subindo aquela colina para chegar ao velório.

É tão confuso.
Porque ela era tão próxima... ela tinha a mesma faixa etária, era como eu, e as Jós e... era como se o inconsciente dissesse: serei a próxima?
É horrível e pode parecer estranho, mas essa sensação foi mútua.
Só sei que eramos um quarteto. E dói pensar que somos um trio e que não posso mais esperar ver ela online do facebook.

Mas nas minhas lembranças ela sempre será o grilinho saltitante da gente.
 Ainda é tão estranho tenta conviver com essa ideia. Quando a Joice Fernandes me ligou avisando na noite de ontem, eu preferi acredita que não era verdade. Como eu poderia acredita que tinha perdido minha amiga? Uma das melhores amigas. 
Era sempre eu, Joyce, Joice e a Aninha. Na escola, no shopping, na casa uma da outra. Era sempre nós quatro.
Ela sentava bem na minha frente.
Sempre estava rindo, e rindo, as vezes não tinha motivo e a gente começava a rir por causa dela.
Menina meia maluquinha, que convive vendo ela usando aquele clássico rabo-de-cavalo tão comprido, que eu ficava brincando com ele, enrolando, girando e ela nem se importava. Depois deixou seus cabelos soltos e a gente foi perdendo contanto porque eu fui para outro horário, mas sempre que tinha oportunidade a gente se falava, via net mesmo.
Continuava dando os puxões de orelha, preocupada com os estudos dela.
E então... você não tá mais aqui com a gente Aninha.
Dói demais...
Continuava dando os puxões de orelha, preocupada com os estudos dela.E então... você não tá mais aqui com a gente Aninha.Dói demais...

Kissus
Ja ne

4 comentários:

  1. Realmente Kagome-Chan meus pesamos e força para não sofrer tanto,não digo esquecer pois por mais que os momentos tristes venham,os momentos felizes ainda marcam a lembrança.
    #ForçaKagome-Chan

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    Respostas
    1. Muito obrigada mesmo *w*
      Realmente não dá pra esquecer, mas as memórias fazem bem tbm

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  2. sinto muito, (não sei se é um ótimo consolo, pois sou péssima e em fazer consolos).

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